26/01/23 - 14:45 | Atualizado em 27/07/23 - 16:37
Asteroide passará na distância mais próxima da Terra já registrada. Segundo a agência, não há risco de colisão com o planeta; mas, cogita: se acontecer, o objeto se transformaria em uma bola de fogo e se desintegraria inofensivamente na atmosfera.
A agência espacial Nasa (National Aeronautics and Space Administration, do inglês: Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço), divulgou, nesta quinta-feira (26), a informação de que um asteroide, do tamanho de um caminhão baú, fará uma das aproximações mais baixas da Terra já registrado.
Segundo a agência, o asteroide, designado 2023 BU, passará sobre a ponta sul da América do Sul, por volta das 21h27min (horário de Brasília), numa distância de apenas 3.600 quilômetros acima da superfície do planeta e bem dentro da órbita de satélites geossíncronos.
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Segundo a agência, não há risco de colisão com o planeta; mas, cogita: se acontecer, o objeto se transformaria em uma bola de fogo e se desintegraria inofensivamente na atmosfera:
“Não há risco de o asteroide impactar a Terra. Mas, mesmo que isso acontecesse, este pequeno asteroide – estimado em 11,5 a 28 pés (3,5 a 8,5 metros) de diâmetro – se transformaria em uma bola de fogo e se desintegraria inofensivamente na atmosfera, com alguns dos detritos maiores potencialmente caindo como pequenos meteoritos”, explicou a Nasa.
Asteroide foi descoberto por Gennadiy Borisov
Segundo a agência, o asteroide foi descoberto pelo astrônomo amador Gennadiy Borisov, descobridor do cometa interestelar 2I/Borisov, de seu observatório MARGO em Nauchnyi, Crimeia, no sábado (21) de janeiro, com uma câmara de compensação reconhecida para as medições de posição de pequenos corpos celestes:
“Os dados foram automaticamente postados na Página de Confirmação de Objetos Próximos à Terra. Depois que observações suficientes foram coletadas, o MPC anunciou a descoberta. Em três dias, vários observatórios em todo o mundo fizeram dezenas de observações, ajudando os astrônomos a refinar melhor a órbita de 2023 BU”, disse a Nasa.
A Nasa explicou que um sistema de avaliação de risco de impacto, chamado Scout da própria agência, e mantido pelo Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS) no Laboratório de Propulsão a Jato da agência no sul da Califórnia, analisou os dados da página de confirmação do MPC e previu rapidamente o que ela definiu como um “quase acidente”.
Impacto na Terra
O CNEOS calcula todas as órbitas conhecidas de asteroides próximos da Terra para fornecer avaliações de possíveis riscos de impacto no planeta, em apoio ao Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da NASA (PDCO).
“O Scout rapidamente descartou 2023 BU como um impactador, mas apesar das poucas observações, foi capaz de prever que o asteroide faria uma aproximação extraordinariamente próxima da Terra”, disse Davide Farnocchia, engenheiro de navegação do JPL que desenvolveu o Scout. “Na verdade, esta é uma das aproximações mais próximas de um objeto próximo da Terra já registrado.”
A Nasa disponibilizou um site totalmente interativo, chamado Eyes on Asteroids que usa dados científicos para ajudar a visualizar as órbitas de asteroides e cometas ao redor do Sol. Clique aqui para acessar gratuitamente o site interativo e acompanhar o cometa em tempo real.
CRÉDITOS Por: Edivaldo de Carvalho – Jornalista e Repórter da Digital Press Brasil – Rio de Janeiro Fonte: Nasa Foto: Nasa divulgação — Eyes on Asteroids que usa dados científicos para ajudar a visualizar as órbitas de asteroides (26/01/23) |
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