14/03/24 - 15:47 | Atualizado em 14/03/24 - 15:51
Proibição do TikTok
WASHINGTON, EUA – A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, com uma votação significativa de 352 a 65, um projeto de lei que visa forçar a empresa chinesa Bytedance a vender o popular aplicativo de mídia social TikTok ou enfrentar uma proibição no país. Esta medida reflete o crescente escrutínio sobre a segurança nacional em relação às tecnologias controladas por empresas estrangeiras, particularmente aquelas com vínculos ao Partido Comunista Chinês (PCC).
O texto foi liderado pelo presidente do comitê seleto da Câmara, Mike Gallagher, e pelo deputado Raja Krishnamoorthi, representante do partido Democrata. A votação bipartidária destaca a seriedade com que a questão é tratada em Washington, com um amplo consenso sobre a necessidade de ação para proteger os interesses de segurança nacional dos Estados Unidos.
As preocupações sobre o TikTok têm sido levantadas há algum tempo, com críticos alertando sobre o potencial de acesso não autorizado a dados confidenciais de usuários e influência do governo chinês sobre a plataforma. O projeto de lei proposto busca abordar essas preocupações exigindo que a Bytedance venda o TikTok para proprietários não chineses dentro de um prazo de seis meses.
Mike Gallagher defende a separação do TikTok do Partido Comunista Chinês
A medida enfrenta oposição de legisladores preocupados com a liberdade de expressão e o impacto econômico sobre pequenas empresas.
O deputado Mike Gallagher enfatizou a importância dessa medida durante o debate na Câmara, declarando que “forçar o TikTok a romper com o Partido Comunista Chinês é uma medida sensata para proteger nossa segurança nacional”. Essa visão é compartilhada por muitos legisladores que veem a crescente presença de empresas chinesas em setores-chave como uma ameaça à soberania e segurança dos EUA.
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Por outro lado, alguns legisladores expressaram cautela sobre os possíveis impactos dessa legislação na liberdade de expressão e no mercado de pequenas empresas. Argumentam que a proibição do TikTok pode resultar em danos econômicos significativos para os usuários e criadores que dependem da plataforma para sua subsistência.
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Apesar da oposição, a coalizão bipartidária por trás do projeto de lei reflete a preocupação generalizada sobre a segurança cibernética e a influência estrangeira nas redes sociais. O resultado da votação na Câmara indica um apoio substancial à medida, mesmo com os esforços de lobby da Bytedance e a incerteza sobre o posicionamento do Senado em relação ao projeto.
Presidente Joe Biden pondera sobre projeto de lei que visa a proibição do TikTok
A medida, que visa proteger os interesses nacionais dos EUA contra a influência de empresas estrangeiras, recebeu apoio bipartidário na Câmara.
O senador Chuck Schumer, líder da maioria no Senado, ainda não confirmou se o projeto de lei será levado para votação. No entanto, a pressão pública e o apoio bipartidário observados na Câmara podem influenciar a decisão do Senado sobre o assunto.
O presidente Joe Biden também expressou apoio à medida, destacando a importância de proteger os interesses nacionais dos Estados Unidos em um ambiente cada vez mais digital e globalizado. A administração Biden está comprometida em abordar as preocupações de segurança cibernética e garantir que as empresas estrangeiras não representem uma ameaça à soberania e segurança do país.
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A aprovação do projeto de lei pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos é um passo significativo no esforço contínuo para enfrentar os desafios colocados pela crescente influência de empresas chinesas em setores críticos da economia e tecnologia. A medida reflete o compromisso do governo dos EUA em proteger seus interesses nacionais e garantir a segurança e integridade de suas redes sociais e tecnologias digitais.
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