11/03/24 - 08:53 | Atualizado em 11/03/24 - 08:53
A crescente preocupação com a disseminação da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é reforçada pelo recente boletim divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os dados revelam um aumento significativo nos casos semanais da doença em todas as regiões do Brasil, revelando uma dinâmica complexa em relação aos diferentes agentes virais em circulação.
Segundo o boletim Infogripe, a incidência de SRAG tem sido observada em todas as regiões, com variações notáveis nos tipos de vírus responsáveis pelos casos. Enquanto no Centro-Sul do país a COVID-19 ainda prevalece como o principal agente causador, nas regiões Sudeste e Sul há uma coexistência preocupante entre o coronavírus e o vírus da influenza, popularmente conhecido como gripe.
Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, enfatiza a importância de se entender o contexto dessa disseminação viral: “É essencial compreendermos que estamos lidando com múltiplos vírus respiratórios em circulação simultânea, o que torna o cenário epidemiológico ainda mais desafiador.”
Vírus Sincicial Respiratório retorna e preocupa profissionais de saúde
Com o retorno às aulas, o impacto do VSR aumenta, especialmente entre crianças menores de 2 anos.
Uma das questões que chamam atenção é o reaparecimento do vírus sincicial respiratório (VSR) em diversos estados do país. Este vírus, conhecido por afetar principalmente crianças pequenas e idosos, representa uma preocupação adicional para os profissionais de saúde e autoridades sanitárias.
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Gomes destaca a necessidade de vigilância intensificada, especialmente considerando o contexto de retorno às aulas: “Observamos um aumento do impacto do VSR, sobretudo entre crianças menores de 2 anos de idade, o que demanda atenção especial. O retorno às atividades escolares pode estar contribuindo para a disseminação desse vírus, tornando imperativa uma abordagem proativa por parte das autoridades.”
Aumento de casos de COVID-19 e influenza reforça medidas preventivas
Gomes enfatiza a importância da vacinação, uso de máscaras N95 e PFF2, e busca por atendimento médico precoce.
Além da preocupação com o VSR, o boletim ressalta o aumento dos casos de COVID-19 e influenza nas últimas semanas, o que reforça a importância das medidas preventivas, como a vacinação e o uso adequado de máscaras. Gomes enfatiza a eficácia das máscaras N95 e PFF2 na redução do risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em ambientes de saúde com alta circulação de pacientes infectados.
“É fundamental que a população esteja ciente da importância dessas medidas preventivas e tome as devidas precauções para evitar a disseminação desses vírus”, destaca Gomes.
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O boletim também destaca a importância de buscar atendimento médico ao surgirem sintomas semelhantes aos de resfriado, especialmente entre os grupos de risco. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para reduzir a gravidade e a disseminação dessas doenças respiratórias.
SRAG em crianças e idosos reforça a necessidade de vigilância
Gomes destaca a predominância da COVID-19 e a relevância de outros vírus respiratórios na incidência de SRAG.
Em relação à incidência e mortalidade por SRAG, os dados mostram um padrão característico, com maior impacto entre crianças pequenas e idosos. Gomes salienta que, mesmo com a predominância da COVID-19, outros vírus respiratórios, como o sincicial e o rinovírus, também merecem atenção devido à sua relevância na incidência de SRAG em crianças pequenas.
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“A mortalidade por SRAG continua sendo significativamente mais elevada entre os idosos, com a COVID-19 se destacando como a principal causa de óbitos nessa faixa etária”, ressalta Gomes.
Diante desse panorama desafiador, é crucial que a população e as autoridades de saúde mantenham-se vigilantes e adotem medidas preventivas rigorosas para conter a disseminação dessas doenças respiratórias.
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