03/01/24 - 06:25 | Atualizado em 03/01/24 - 06:35
O terremoto no Japão, com magnitude de 7,6, desencadeou uma série de desafios humanitários, resultando em 62 mortos e mais de 300 feridos. Enquanto as autoridades japonesas intensificam os esforços de resgate diante da destruição generalizada.
Em um desdobramento trágico, o Japão se depara com as dolorosas consequências de um terremoto de magnitude 7,6 que atingiu a Península de Noto na segunda-feira. As equipes de resgate japonesas estão em uma corrida contra o tempo para alcançar aldeias isoladas, enquanto autoridades enfrentam desafios iminentes, incluindo fortes chuvas, deslizamentos de terra e réplicas.
O cenário atual é sombrio, com 62 mortos e mais de 300 feridos, 20 em estado grave, de acordo com as autoridades locais. No entanto, o temor de um aumento no número de mortos persiste, pois as equipes de resgate enfrentam dificuldades para acessar áreas mais afetadas.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, expressou urgência em relação aos esforços de resgate. Com mais de 31.800 pessoas em abrigos, as condições meteorológicas adversas adicionam complexidade à operação de busca.
Impactos da Catástrofe
O terremoto destruiu casas, provocou incêndios em cidades vizinhas e comprometeu estradas cruciais. Zhuzhou, uma cidade costeira, relata uma situação catastrófica, com cerca de 90% das casas destruídas.
Scenes from the M7.5 earthquake that hit central Japan on January 1, 2024pic.twitter.com/AvuhhUfj6h
— Massimo (@Rainmaker1973) January 3, 2024
As operações de resgate estão sendo complicadas pela intransitabilidade das estradas, levando o governo central a recorrer a meios alternativos, incluindo barcos e helicópteros. As Forças de Autodefesa do Japão intensificaram seus esforços, utilizando helicópteros para alcançar aldeias isoladas.
Resposta Japonesa
Apesar da tragédia, a resposta rápida do público e das autoridades, impulsionada por alertas públicos oportunos através de transmissões de rádio e telefone, parece ter mitigado parte do impacto. Toshitaka Katada, professor de estudos de desastres da Universidade de Tóquio, destaca a preparação do povo japonês, evidenciada por planos de evacuação e estoques de suprimentos de emergência.
O histórico de terremotos no Japão, decorrente da confluência de quatro placas tectônicas, torna o país propenso a esses eventos sísmicos. Embora ocorram centenas de tremores anualmente, a maioria não resulta em danos significativos.
Alertas de Tsunami
O governo japonês adverte sobre a possibilidade de mais terremotos de magnitude 7,0 nas próximas semanas, especialmente nos próximos dois a três dias. A Agência Meteorológica do Japão destaca o risco elevado de incêndios e deslizamentos de terra, instando os moradores a permanecerem vigilantes.
A emissão de alertas de tsunami para várias regiões, incluindo Rússia, Coreia do Norte e Coreia do Sul, ressalta a amplitude do impacto do terremoto. Embora alguns alertas tenham sido posteriormente suspensos, a região permanece em estado de atenção.
Avaliação Preliminar
Os danos ainda estão sendo avaliados, mas relatos iniciais incluem prédios desabados, quedas de energia generalizadas e o fechamento de rodovias. A cidade de Zhuzhou estima até 1.000 casas destruídas.
O Japão enfrenta uma situação de emergência após o terrível terremoto, com as equipes de resgate trabalhando incansavelmente para salvar vidas. A nação, já acostumada a desastres naturais, demonstra resiliência diante dessa nova tragédia. À medida que a situação se desenrola, a solidariedade internacional se faz necessária para apoiar a recuperação e reconstrução dessa comunidade devastada.
Atuação Governamental
O primeiro-ministro Fumio Kishida ressalta que “já se passaram mais de 40 horas desde que o desastre ocorreu”. Enfatizando a coordenação entre governo local, polícia, bombeiros e unidades operacionais, Kishida destaca os esforços para intensificar as operações de resgate.
Com estradas quase intransitáveis, o governo central busca alternativas, incluindo o uso de barcos para chegar às áreas mais atingidas na Península de Noto. Helicópteros das Forças de Autodefesa do Japão são mobilizados para alcançar aldeias isoladas, ampliando os recursos disponíveis para a assistência.
Localidades Afetadas
O prefeito Masuhiro Izumiya, de Zhuzhou, destaca a gravidade da situação, relatando que “quase não há casas em pé”. Aproximadamente 90% das residências na cidade foram completamente ou quase completamente destruídas, deixando a comunidade em estado de desolação.
O Serviço Geológico dos EUA mediu a magnitude do terremoto em 7,5, enquanto a Agência Meteorológica do Japão o registrou como 7,6, emitindo um grande alerta de tsunami que, posteriormente, foi suspenso. A persistência de réplicas aumenta os desafios enfrentados pelos socorristas, dificultando o acesso a áreas críticas.
Desdobramentos Humanitários
Milhares de soldados, bombeiros e policiais são mobilizados de todo o país para as áreas mais atingidas da Península de Noto. As equipes de resgate, embora enfrentem dificuldades devido a danos nas estradas, estão empenhadas em alcançar pessoas presas sob os escombros.
A Agência Meteorológica do Japão alerta para o risco de mais terremotos nas próximas semanas, especialmente nos próximos dois a três dias. A necessidade de permanecer vigilante é enfatizada, considerando o risco potencial de incêndios e deslizamentos de terra.
Terremoto no Japão
A amplitude do impacto não se limita ao Japão, com alertas de tsunami estendendo-se a Rússia, Coreia do Norte, Coreia do Sul e Sacalina. A necessidade de evacuação e preparação é destacada nessas regiões, evidenciando a interconexão global diante de desastres naturais.
Enquanto as autoridades japonesas continuam a avaliar a extensão dos danos, a comunidade internacional é chamada a oferecer apoio. A reconstrução dessas áreas devastadas requer uma resposta coletiva, solidificando os laços de solidariedade global em momentos de crise.
À medida que o Japão enfrenta as consequências avassaladoras do terremoto, a resiliência do povo japonês e a coordenação eficaz das autoridades emergem como elementos cruciais na resposta a essa tragédia. A necessidade urgente de assistência nacional e internacional é evidente, unindo esforços para aliviar o sofrimento das comunidades afetadas e iniciar o processo de recuperação.
CRÉDITOS
Por: Edivaldo de Carvalho — Jornalista, Repórter e Diretor de Jornalismo da Digital Press Brasil — MTB: 0040977/ Rio de Janeiro. Foto destaque: Reprodução/Facebook/@PortalPluralOficial. Vídeo: Reprodução/X/@Rainmaker1973. |
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