18/03/24 - 16:59 | Atualizado em 18/03/24 - 16:59
Putin adverte
MOSCOU, RÚSSIA – Após o desfecho das eleições na Rússia, o presidente Vladimir Putin proferiu um discurso de vitória no domingo, 18 de março, destacando a determinação do país em face de possíveis ameaças externas, especialmente do Ocidente. Putin, reeleito com uma expressiva maioria de 88% dos votos, afirmou que a Rússia não será subjugada e alertou sobre os riscos de uma escalada para uma Terceira Guerra Mundial caso a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) intervenha na Ucrânia.
Expressando gratidão ao povo russo pelo apoio e confiança depositados, o presidente russo ressaltou sua posição em defesa da nação frente às pressões externas, designando como suas principais responsabilidades a gestão do conflito na Ucrânia e o fortalecimento das capacidades militares russas.
“Independentemente das tentativas de intimidação ou supressão, nossa vontade e consciência jamais cederam ao longo da história. Esta postura não mudará, nem agora, nem no futuro”, afirmou Putin, destacando a resiliência russa diante das adversidades.
Quanto à possibilidade de um conflito em larga escala envolvendo a Rússia, a OTAN e os Estados Unidos, o presidente russo frisou os perigos dessa situação, alertando que tal cenário poderia precipitar o mundo para uma nova guerra global, algo que ninguém deseja.
Putin adverte e fala sobre a morte de Navalny e as críticas às eleições russas
Em uma revelação surpreendente, Putin discute a morte de Alexei Navalny e sua proposta de troca por prisioneiros russos.
Além disso, Putin abordou pela primeira vez publicamente a morte de seu principal opositor, Alexei Navalny, revelando que havia concordado com sua troca por prisioneiros russos detidos no Ocidente pouco antes do falecimento do ativista na prisão. “Infelizmente, aconteceu o que aconteceu. Eu concordei com a condição de que ele fosse trocado e não retornasse. Mas é a vida. Um evento triste”, declarou o líder russo.
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As eleições na Rússia provocaram críticas de diversos países ocidentais, com os Estados Unidos classificando o pleito como “obviamente não livre nem justo”. No entanto, Putin minimizou tais reprovações, argumentando que as críticas eram previsíveis e decorrentes do contexto geopolítico atual.
“Em meio a um conflito armado, nossos oponentes buscam conter nosso desenvolvimento e, portanto, estão prontos para proferir qualquer acusação contra nós”, rebateu Putin diante de seus apoiadores.
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Enquanto os líderes ocidentais condenavam a reeleição de Putin, aliados como China e Coreia do Norte congratularam o presidente russo por sua vitória eleitoral. Essa divergência de posicionamentos evidencia as tensões geopolíticas em curso desde o conflito entre Rússia e Ucrânia, que marcou um aprofundamento das divisões entre Moscou e o Ocidente desde o fim da Guerra Fria.
Putin reeleito reflete complexidades das relações internacionais
A reeleição de Putin é vista como um marco nas relações entre a Rússia e países como a Coreia do Norte e a China, bem como na América Latina.
Para o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, a reeleição de Putin representa um marco importante nas relações entre os dois países, com a Coreia do Norte fornecendo apoio militar à Rússia em seu embate contra a Ucrânia. O presidente chinês, Xi Jinping, também expressou confiança na liderança de Putin e no fortalecimento das relações sino-russas.
Na América Latina, ditadores como Nicolás Maduro, da Venezuela, e Miguel Díaz-Canel, de Cuba, parabenizaram Putin pela vitória eleitoral, enaltecendo sua gestão e destacando a importância da cooperação bilateral. Essas manifestações de apoio refletem a busca por uma maior aproximação com Moscou por parte de alguns países latino-americanos.
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A reeleição de Putin, portanto, não apenas reforça seu poder interno, mas também reflete as complexidades das relações internacionais contemporâneas, marcadas por rivalidades geopolíticas e alianças estratégicas em constante evolução.
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