25/01/24 - 20:50 | Atualizado em 25/01/24 - 20:50
Reféns Israelenses, vítimas de estupro pelo Hamas, enfrentam decisão difícil após libertação. Autoridades planejam suporte médico e psicológico para as mulheres abusadas.
Autoridades israelenses estão enfrentando um desafio complexo diante das informações de que algumas reféns israelenses, mantidas pelo grupo terrorista Hamas em Gaza, engravidaram como resultado de abusos sexuais durante os ataques mortais ocorridos em 7 de outubro. Com mais de 130 israelenses ainda em cativeiro após quase quatro meses, incluindo mulheres jovens e adolescentes, a situação levanta questões éticas e desafia as autoridades a encontrar soluções humanitárias.
Funcionários dos Ministérios do Bem-Estar e da Saúde de Israel estão trabalhando arduamente para desenvolver planos detalhados que abordem a possibilidade de gravidez indesejada entre as reféns. O desafio é especialmente delicado, considerando que, em Israel, um comitê de interrupção da gravidez normalmente decide sobre pedidos de aborto. As autoridades estão agora ponderando a possibilidade de flexibilizar essas medidas para reduzir a burocracia e lidar eficientemente com casos de ex-cativas grávidas.
Coordenação de Recursos Médicos e Psicológicos
Autoridades civis, apoiadas pelas Forças de Defesa de Israel, estão colaborando para criar um programa abrangente que coordenará recursos médicos e psicológicos para atender reféns abusados sexualmente.
O Hospital Wolfson, em Holon, já está preparado, com infraestrutura e protocolos específicos para receber e cuidar das vítimas.
A primeira etapa do programa focará em exames médicos minuciosos, priorizando a identificação de lesões e a confirmação de gravidez. Na segunda etapa, as ex-reféns receberão apoio para processar os traumas vivenciados. Nesse ponto crucial, elas enfrentarão a difícil decisão de interromper a gravidez ou levá-la a termo.
O dilema ético que as ex-reféns enfrentam é evidente, pois terão que decidir sobre o futuro de suas gestações após vivenciarem abusos sexuais. Durante uma discussão no parlamento israelense, Chen Almog-Goldstein, uma ex-refém, compartilhou preocupações sobre algumas reféns mais jovens que pararam de menstruar. A incerteza sobre a situação dessas mulheres destaca a urgência de libertar os reféns restantes.
Reféns Israelenses: Riscos Crescentes com a Prolongação do Cativeiro
A demora na libertação das reféns aumenta significativamente os riscos associados à possibilidade de gravidez indesejada.
Parentes das mulheres cativas enfatizam a necessidade de ação imediata, alertando que, se a libertação não ocorrer nos próximos meses, pode ser tarde demais para interromper a gravidez de maneira segura.
A situação é agravada pelo temor de violência sexual desenfreada nos túneis de Gaza, onde os israelenses estão sendo mantidos. Relatos de abusos compartilhados por ex-reféns indicam que as mulheres foram tratadas como “marionetes” pelos terroristas do Hamas, aumentando a urgência de sua libertação.
Depoimentos de ex-reféns, como Aviva Siegel, destacam a gravidade da situação. Siegel relatou que membros do grupo terrorista trouxeram roupas inadequadas para as mulheres cativas, transformando-as em marionetes sob controle total. A libertação imediata torna-se ainda mais crucial diante desses relatos, evitando que as vítimas permaneçam sujeitas a abusos contínuos.
Preocupações dos Familiares e Apelos por Ação Internacional
Familiares de mulheres cativas expressam crescente angústia, pedindo ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e líderes estrangeiros que ajam rapidamente para libertar os reféns restantes.
A prolongação do cativeiro aumenta a preocupação de que suas entes queridas possam enfrentar consequências irreversíveis, incluindo a possibilidade de gestações indesejadas.
Eli Albag, pai de uma das reféns desaparecidas, compartilhou sua preocupação ao questionar um prisioneiro libertado sobre a possibilidade de estupro. A resposta evasiva do prisioneiro reforça a incerteza, mas a angústia do pai destaca a necessidade urgente de respostas concretas.
Profissionais de saúde, incluindo a presidente de obstetrícia e ginecologia do Meir Medical Center, Tal Biron-Shental, destacam a importância de se preparar para a difícil possibilidade teórica de mulheres concebendo ou criando filhos resultantes de abusos. O apelo é claro: interromper a atrocidade, trazer os cativos de volta e fornecer-lhes cuidados essenciais.
A situação continua a evoluir, colocando as autoridades israelenses sob pressão para agir rapidamente e garantir a segurança e o bem-estar das reféns.
CRÉDITOS
Por: Edivaldo de Carvalho — Jornalista, Repórter e Diretor de Jornalismo da — MTB: 0040977/ Rio de Janeiro. Foto: Reprodução/X/@leonard92351192. Fonte: Ministério do Bem-Estar de Israel. | Reportagem Original do Ministério (Hebraico). |
Obrigado por estar na Digital Press Brasil!
Queremos produzir mais reportagens gratuitas para você e contratar pessoas talentosas para a nossa equipe. Considere fazer uma doação de qualquer valor através da chave PIX abaixo (ela também é nosso e-mail de contato).
Doação com PIX
euapoio@digitalpressbrasil.com.br
Sobre errata e página de erros.
Por favor, aponte quaisquer equívocos — sejam eles informacionais, ortográficos, gramaticais, entre outros — presentes em nossas reportagens. Sua contribuição é fundamental para que possamos analisar e corrigir esses erros. Se encontrar algum problema ou precisar entrar em contato por qualquer outro motivo, por favor, faça-o através deste link. Para acessar a página de erros, clique aqui.
Seja nosso colunista.
Seja um colunista voluntário na Digital Press Brasil, fale conosco e escreva “quero ser colunista” no “assunto” do formulário clicando aqui.