24/07/23 - 17:27 | Atualizado em 27/07/23 - 12:44
Reforma judicial em Israel é marcado por confrontos e greves, mas o projeto, aprovado pelo Knesset, o Parlamento israelense, foi conquistado de forma unânime, com 64 votos favoráveis, mesmo a oposição boicotando a votação.
Os cidadãos israelenses saíram às ruas, nesta segunda-feira (25), em protesto contra uma reforma judicial que, segundo suas alegações, ameaça os fundamentos democráticos do país.
O projeto, aprovado pelo Knesset, o Parlamento israelense, de forma unânime, com 64 votos favoráveis e a oposição boicotando a votação, trata do “padrão de razoabilidade”, podendo afetar a nomeação de ministros e limitar a capacidade da Suprema Corte de vetar leis aprovadas pelo Parlamento.
Os defensores alegam que é necessário restaurar o equilíbrio entre os poderes, enquanto os ativistas argumentam que a reforma compromete os contrapesos essenciais de um Estado democrático.
Reforma Judicial
A aprovação da reforma judicial em Israel desencadeou uma série de protestos e greves em todo o país pela oposição. As principais empresas, incluindo os bancos Leumi e Hapoalim, anunciaram greves em solidariedade aos manifestantes.
Além das implicações internas, a reforma também preocupa os Estados Unidos, já que o presidente Joe Biden criticou publicamente o projeto, instando Israel a buscar um consenso na implementação de reformas democráticas.
Setor militar
A insatisfação também atingiu o setor militar, com cerca de 10 mil reservistas das Forças Armadas declarando que entrarão em greve.
Além disso, 1.142 reservistas da Força Aérea ameaçaram abandonar seus deveres de serviço voluntário caso a reforma seja implementada.
Polarização e incerteza
A população está dividida entre aqueles que veem a mudança como uma oportunidade para equilibrar os poderes e aqueles que a consideram uma ameaça à integridade democrática do país.
Com o título “Este não é o caminho”, o presidente de Israel, Benjamin Netanyahu, compartilhou um vídeo em suas redes sociais. No vídeo, é possível observar um motorista com sua família dentro do carro, sendo bloqueados e hostilizados por manifestantes contrários à reforma em uma via pública.
זאת לא הדרך. pic.twitter.com/F7oe86RUnW
— Benjamin Netanyahu – בנימין נתניהו (@netanyahu) July 24, 2023
Manifestações no país resultaram em confrontos com a polícia e bloqueio de uma rodovia em Jerusalém. A aprovação também desencadeou tensões com os Estados Unidos, principal aliado estrangeiro de Israel.
Greves no Setor Público
Cerca de 150 das principais empresas do país aderem a greves em protesto à reforma judicial. Os bancos Leumi e Hapoalim afirmam que não punirão os funcionários que participarem dos protestos.
Reservistas das Forças Armadas declaram greve, ameaçando a disponibilidade de pessoal em missões de combate. A Força Aérea também enfrenta ameaças de abandono de serviço voluntário por parte de reservistas.
Relações com os EUA
O presidente Joe Biden critica a reforma judicial de Israel e insta o país a buscar um consenso na implementação de reformas democráticas.
A administração democrata considera a aprovação da reforma como “infeliz” e pede por um acordo mais abrangente.
A polarização entre os defensores e os críticos da reforma deixa o país em meio a incertezas sobre os próximos passos no âmbito judicial. A questão torna-se ainda mais complexa diante das preocupações sobre a integridade democrática do país.
CRÉDITOS Por: Edivaldo de Carvalho – Jornalista e Repórter da Digital Press Brasil – MTB: 0040977/ Rio de Janeiro. Foto: Mussi Katz. |
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