22/01/24 - 08:03 | Atualizado em 22/01/24 - 08:03
A Região Norte do Brasil foi impactada por um tremor de terra histórico, registrando 6,6 graus na Escala Richter, conforme divulgado pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos. Apesar da magnitude significativa, a profundidade do evento, atingindo 614,5 quilômetros, minimizou possíveis danos, segundo análise de especialistas.
A Região Norte do Brasil foi sacudida por um extraordinário evento sísmico neste sábado (20), marcando o maior tremor de terra já documentado no país. O abalo, alcançando 6,6 graus na Escala Richter, de acordo com informações do Serviço Geológico dos Estados Unidos, teve seu epicentro às 18h31 no horário de Brasília, ou 16h31 no horário local.
Embora o Serviço Geológico dos Estados Unidos aponte Tarauacá, no Acre, como epicentro, coordenadas precisas indicam uma área isolada em Ipixuna, no Amazonas. Surpreendentemente, apesar da magnitude do evento, não há relatos de danos. Essa ausência de impacto decorre da notável profundidade do tremor, atingindo 614,5 quilômetros. Especialistas afirmam que abalos em tal profundidade raramente são percebidos pela população.
Confirmação Internacional
A detecção do tremor também foi registrada pelo Centro de Redes de Terremotos da China, que corroborou uma intensidade de 6,6 graus na Escala Richter, mas sugeriu uma profundidade ainda maior, atingindo 630 quilômetros.
Por volta das 20h do sábado, a Rede Sismográfica Brasileira anunciou a identificação do terremoto, classificando-o com magnitude de 6,5 graus na Escala Richter e uma profundidade de 628 quilômetros. Contudo, a entidade alertou que a magnitude, profundidade e local exato do epicentro poderiam ser revisados nas horas seguintes.
Região Norte do Brasil
Segundo a Rede Sismográfica Brasileira, a região fronteiriça do Brasil com o Peru frequentemente testemunha eventos sísmicos em profundidade, devido à subducção da Placa de Nazca sob a plataforma Sul-Americana. A considerável profundidade do abalo pode ter atenuado sua força, enfatiza a entidade.
Vale ressaltar que em 7 de junho de 2022, Tarauacá, no noroeste do Acre, já havia experimentado um tremor de 6,5 graus, classificado, até então, como o maior da história do país. Felizmente, naquela ocasião, não houve vítimas ou danos materiais.
A região é propensa a esses fenômenos devido à sua proximidade com a Cordilheira dos Andes, uma das zonas mais sísmicas do planeta. Nos últimos 45 anos, aproximadamente 96 abalos sísmicos foram registrados em um raio de 250 quilômetros de Tarauacá, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, sem consequências graves.
Até o momento, as autoridades dos estados do Acre e do Amazonas, assim como as prefeituras de Tarauacá e Ipixuna, optaram pelo silêncio em relação ao evento recente. É importante observar que, antes desse acontecimento, o maior tremor sísmico da história do Brasil remontava a 31 de janeiro de 1955, na região da Serra do Tombador, em Mato Grosso, com 6,2 graus na Escala Richter.
CRÉDITOS
Por: Edivaldo de Carvalho — Jornalista, Repórter e Diretor de Jornalismo da Digital Press Brasil — MTB: 0040977/ Rio de Janeiro. Foto destaque: Reprodução/Freepik//Freepik (CC BY 3.0). | Imagem ilustrativa. Fonte: U.S. Geological Survey / Agência Brasil. |
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