11/01/24 - 11:52 | Atualizado em 11/01/24 - 11:52
Os funcionários do Banco Central, em uma ação coordenada pelo Sinal, deram início à Greve de 24 Horas, reivindicando melhorias na carreira e equiparação salarial com categorias similares. Os grevistas alertam para possíveis impactos nos serviços do banco.
O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) iniciou, nesta quinta-feira (11), uma greve no Banco Central (BC) com duração de 24 horas. Segundo o sindicato, mais de 70% dos colaboradores estão parados, e a motivação por trás da paralisação é a busca por melhorias na carreira e a equiparação salarial com categorias semelhantes.
O Sinal adverte para possíveis consequências da greve, mencionando um potencial “apagão” em todos os serviços do banco. Isso inclui impactos no atendimento ao mercado e ao público, como o cancelamento de reuniões, manutenção em sistemas e atrasos na divulgação de informações. A manutenção do PIX, vital para as transações financeiras, pode ser prejudicada, apresentando riscos à continuidade dos serviços.
A paralisação também levanta preocupações quanto aos projetos em andamento no Banco Central. Iniciativas como o desenvolvimento da moeda digital (Drex), a supervisão de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Financiamento do Terrorismo, e a regulamentação de ativos virtuais podem sofrer maiores impactos.
Falta de Diálogo
O sindicato destaca que a decisão de realizar a greve reflete a insatisfação com o tratamento de suas demandas. Eles apontam concessões assimétricas feitas a outras categorias típicas de Estado. A nota do sindicato também destaca a falta de diálogo e alegado autoritarismo do presidente do BC, Roberto Campos Neto, em abordar questões relevantes, como a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Independência do Banco Central.
As reivindicações dos servidores abrangem diversos pontos-chave. Eles buscam reajuste nas tabelas remuneratórias, retribuição por produtividade e exigência de nível superior para o cargo de técnico. Além disso, há um pedido de mudança no cargo de analista para auditor.
Greve de 24 Horas
Caso as negociações com o governo não avancem, os servidores planejam uma medida mais drástica na próxima etapa da paralisação. A entrega dos cargos comissionados de chefia está prevista para a primeira quinzena de fevereiro. Essa ação visa aumentar a pressão e evidenciar a determinação dos funcionários em alcançar suas demandas.
O Sinal reforça a importância do Banco Central para a estabilidade econômica do país. O sindicato apela ao governo para que considere equitativamente todas as carreiras estratégicas, reforçando a ideia de que o reconhecimento dos servidores é crucial para o funcionamento eficaz das instituições financeiras.
Em um comunicado, o Sinal convoca todos os colegas ativos do Banco Central a se unirem à “luta” em defesa da pauta reivindicatória da carreira de Especialista do Banco Central do Brasil. A greve dos servidores do Banco Central não é apenas uma pausa nas operações diárias, mas uma manifestação unificada e de pressão.
Os impactos abrangentes nos serviços do banco e a possível interrupção de projetos estratégicos destacam a relevância da paralisação para a estabilidade econômica do país. O desfecho das negociações com o governo, especialmente diante da ameaça de entrega de cargos comissionados, permanece como um ponto crucial para o desenrolar dessa situação.
CRÉDITOS
Por: Edivaldo de Carvalho — Jornalista, Repórter e Diretor de Jornalismo da Digital Press Brasil — MTB: 0040977/ Rio de Janeiro. Foto destaque: Reprodução/Rafa Neddermeye/Agência Brasil (CC BY 4.0). | Prédio do Banco Central em Brasília. Fonte: Agência Brasil / Sinal. |
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