24/07/23 - 14:47 | Atualizado em 27/07/23 - 12:45
Estamos próximos da elucidação do caso de Marielle, diz Flávio Dino em coletiva de imprensa, após a prisão de Maxwell Corrêa, conhecido como ex-bombeiro.
Em coletiva de imprensa realizada, nesta segunda-feira (24), o ministro Flávio Dino trouxe à tona informações sobre o avanço nas investigações do homicídio da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
A prisão de Maxwell Corrêa, conhecido como ex-bombeiro, foi possível graças à colaboração premiada concedida por Elcio Queiroz, ex-policial militar que estava sob custódia desde 2019 por suspeita de envolvimento no crime.
A Operação Élpis, conduzida pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), desvendou novos detalhes sobre o crime que chocou o país.
A colaboração premiada de Elcio Queiroz, formalizada há duas semanas, revelou não apenas a implicação dos suspeitos já citados, mas também corroborou provas materiais previamente obtidas pelas autoridades.
O envolvimento de Maxwell Corrêa veio à tona, acrescentando novos desdobramentos ao caso. Os avanços nas investigações apontam para a possibilidade de participação de outras pessoas no crime.
A prisão do ex-bombeiro foi resultado direto da Operação Élpis, que não apenas deteve o suspeito, mas também cumpriu mandados de busca e apreensão com a colaboração da Polícia Penal Federal (PPF).
Operação Élpis
A Operação Élpis foi fundamental no avanço das investigações do homicídio de Marielle Franco e Anderson Gomes, ambos ocorridos em 2018, e da tentativa de homicídio de Fernanda Chaves.
O trabalho conjunto da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) tem como objetivo trazer à luz todas as circunstâncias desse crime brutal que chocou o país.
Nesse contexto, a colaboração premiada de Elcio Queiroz (ex-PM) desempenhou um papel decisivo ao fornecer informações essenciais para a identificação e detenção de Maxwell Corrêa (ex-bombeiro), também conhecido como Suel, um dos envolvidos no assassinato.
Detenção de Maxwell
A prisão de Maxwell Corrêa, além de representar um avanço significativo nas investigações, é mais um capítulo de uma história criminal que já havia envolvido o ex-bombeiro anteriormente.
Em 2020, durante a Operação Submersos II, Maxwell já havia sido detido sob suspeita de obstrução às investigações.
Na época, foi apontado como responsável por descartar as armas utilizadas no assassinato de Marielle e Anderson no mar. Em 2021, ele foi condenado por obstrução às investigações e estava cumprindo pena em regime aberto.
Colaboração premiada
A colaboração premiada de Elcio Queiroz ocorreu cerca de duas semanas atrás e trouxe à tona novos detalhes cruciais para o caso. Queiroz admitiu sua participação no crime e implicou Ronnie Lessa como o autor dos disparos fatais.
Além disso, forneceu informações valiosas sobre o percurso dos criminosos antes e depois do assassinato de Marielle e Anderson.
As provas reanalisadas pela Polícia Federal (PF) confirmaram a participação de Ronnie e Elcio, e a colaboração também acrescentou o envolvimento de Maxwell Corrêa no trágico episódio.
Papel na cadeia criminosa
Segundo o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, Maxwell Corrêa desempenhou um papel significativo na cadeia criminosa que envolveu o homicídio de Marielle e Anderson.
O ex-bombeiro participou ativamente de atividades de vigilância, acompanhamento e apoio logístico aos demais envolvidos no crime.
Com sua detenção e a cooperação entre as polícias federais, o Ministério Público e o Poder Judiciário, as investigações avançam em busca de desvendar completamente os detalhes desse crime hediondo.
Estamos Próximos
Flávio Dino, ministro responsável pelas informações reveladas na coletiva de imprensa, ressaltou a relevância da cooperação entre as instituições envolvidas nas investigações.
Ele assegurou às famílias das vítimas e à sociedade em geral que os esforços não cessarão até que o caso seja completamente elucidado. Entretanto, algumas informações continuam sob sigilo de Justiça.
“Temos, hoje, a confirmação de passos dados anteriormente. Aspectos sobre os quais pairavam dúvidas, estão esclarecidos, porque há convergência entre a narrativa do Elcio e outros aspectos que já estavam com a polícia. Ele narra a dinâmica, narra a participação dele e do Ronnie Lessa e aponta o Maxswell e outros como copartícipes. A investigação não está, de forma alguma, concluída, o que acontece é que há um avanço, uma mudança de patamar. A investigação se conclui em termos de patamar da execução e há elementos para um novo patamar, que é a identificação dos mandantes”, avaliou o ministro Flávio Dino.
Os desdobramentos da Operação Élpis serão divulgados nas próximas semanas, à medida que as investigações prosseguem e novos elementos são revelados.
Resolução Completa
Com os avanços nas investigações e a prisão de Maxwell Corrêa, a expectativa é que o caso do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes esteja cada vez mais próximo de uma resolução completa.
A colaboração premiada de Elcio Queiroz, aliada à atuação conjunta das autoridades, tem sido fundamental para esclarecer os fatos e levar à justiça os responsáveis por esse crime que abalou o país.
CRÉDITOS
Por: Edivaldo de Carvalho – Jornalista e Repórter da Digital Press Brasil – MTB: 0040977/ Rio de Janeiro. Fonte: Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Foto Lula Marques/Agência PT. |
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