19/04/24 - 14:37 | Atualizado em 19/04/24 - 14:37
A situação na usina nuclear ucraniana de Zaporizhzhia tornou-se cada vez mais preocupante devido a uma série de ataques com drones desde abril. Autoridades russas acusam a Ucrânia pelos incidentes, enquanto a comunidade internacional, representada pela AIEA, insta à cessação imediata dos ataques e busca de soluções diplomáticas para evitar um potencial desastre nuclear na Europa.
No cenário de crescente tensão entre Rússia e Ucrânia, um novo incidente na usina nuclear de Zaporizhzhia, localizada no sul da Ucrânia e atualmente sob controle russo, foi confirmado pelo órgão de supervisão nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU). A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) reportou nesta sexta-feira (19) que autoridades da usina relataram uma nova tentativa de ataque com drone sobre o centro de treinamento da instalação, menos de duas semanas após outros eventos semelhantes.
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As tensões entre os dois países têm se refletido em acusações mútuas sobre os ataques à usina. Autoridades russas na usina atribuíram o recente incidente à Ucrânia, enquanto o lado ucraniano nega qualquer envolvimento. Essa dinâmica tem sido uma constante desde a invasão russa à Ucrânia em fevereiro de 2022.
Rafael Grossi, da AIEA, alerta para ataques à usina nuclear ucraniana
Amedov Gyunduz destaca a falta de reparos na usina, aumentando preocupações sobre um possível desastre nuclear na Europa.
Rafael Grossi, diretor-geral da AIEA, expressou grande preocupação com os incidentes recentes, alertando que tais ataques são “irresponsáveis” e representam uma ameaça significativa à segurança nuclear e regional.
“Seja quem estiver por trás desses incidentes, eles parecem estar ignorando os repetidos apelos da comunidade internacional por cautela militar máxima para evitar uma ameaça muito real de um sério acidente nuclear”, destacou Grossi.
Amedov Gyunduz, ex-Procurador-Geral Adjunto da Ucrânia, também comentou sobre a situação na usina, apontando a falta de reparos adequados e a deterioração contínua da infraestrutura.
“Na central nuclear ocupada de Zaporizhzhia, nem todos os reparos necessários estão sendo realizados, relata a Sociedade Anónima Companhia Nacional de Geração de Energia Nuclear (Energoatom). Devido às ações incompetentes do pessoal russo, as falhas dos equipamentos são constantemente registradas e a situação está piorando”, declarou Gyunduz.
At the occupied Zaporizhzhia NPP, not all necessary repairs are being carried out, @energoatom_ua reports. Due to the incompetent actions of 🇷🇺 personnel, equipment failures are constantly recorded, and the situation is getting worse. In addition, 6 reactors will soon expire the… pic.twitter.com/4hX6A0oCOW
— Гюндуз Мамедов/Gyunduz Mamedov (@MamedovGyunduz) April 19, 2024
A preocupação com a segurança da usina tem sido uma questão recorrente desde o início da invasão russa. Os ataques com drones têm se intensificado desde abril, aumentando os riscos de um grave acidente nuclear. Grossi ressaltou que, embora os reatores da central estejam atualmente em desligamento a frio, os perigos potenciais de um acidente nuclear grave continuam sendo muito reais.
Comunidade internacional observa de perto a situação na usina de Zaporizhzhia
Ataques contínuos à cidade de Enerhodar aumentam riscos de desastre nuclear, destacando a necessidade de soluções diplomáticas.
A comunidade internacional tem acompanhado de perto a situação na usina de Zaporizhzhia. A AIEA condenou repetidamente as ações da Rússia contra as instalações nucleares ucranianas e apelou para o fim imediato dos ataques. Em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, Grossi enfatizou a necessidade urgente de cessar os ataques, afirmando: “Estamos nos aproximando perigosamente de um acidente nuclear.”
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A cidade de Enerhodar, onde está localizada a usina de Zaporizhzhia, tem sido alvo de ataques e bombardeios nos últimos anos, aumentando ainda mais as preocupações com a segurança da região. A continuação dos ataques e a falta de cooperação entre as partes envolvidas aumentam o risco de uma catástrofe nuclear na Europa.
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Diante desse cenário tenso, é essencial que as partes envolvidas busquem soluções diplomáticas para resolver suas diferenças e garantir a segurança das instalações nucleares. A estabilidade regional depende do compromisso de todos os envolvidos em evitar conflitos que possam resultar em uma catástrofe nuclear.
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