20/04/24 - 16:56 | Atualizado em 20/04/24 - 16:56
As preocupações com as atividades da China no espaço foram destacadas pelo chefe da NASA, Bill Nelson, durante uma audiência no Congresso. Ele alertou para o risco de a China utilizar seu programa espacial para fins militares, levantando questões sobre transparência e segurança no cenário espacial internacional.
O administrador da NASA, Bill Nelson, em recente exposição perante a comissão de gastos da Câmara dos Representantes do Congresso em Washington, lançou luz sobre as preocupações dos Estados Unidos em relação às atividades espaciais da China. Nelson expressou temores de que a China esteja utilizando seu programa espacial, aparentemente civil, como uma fachada para empreendimentos de natureza militar, colocando em risco a estabilidade no espaço.
China no espaço: NASA alertou para a opacidade do programa espacial chinês
Ele ressaltou a importância de uma postura transparente da China para promover a paz e cooperação no espaço.
Em suas declarações, o administrador da NASA, Nelson, enfatizou a opacidade que envolve grande parte do programa espacial chinês, caracterizando-o como “muito, muito secreto”. Ele ressaltou que, apesar dos significativos avanços realizados pela China nos últimos 10 anos, a falta de transparência quanto às suas intenções e objetivos levanta sérias questões de segurança e governança espacial.
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“Acreditamos que grande parte de seu chamado programa espacial civil é, na verdade, um programa militar”, afirmou Nelson, ecoando preocupações previamente expressas sobre as intenções da China no espaço. Ele ressaltou a necessidade de a China adotar uma postura mais transparente e colaborativa em relação às suas atividades espaciais, visando promover a paz e a cooperação no espaço.
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Além disso, Nelson alertou para o risco de a China utilizar suas missões espaciais como pretexto para reivindicar territórios no espaço, especialmente na Lua, onde existe uma crescente competição pela exploração e utilização de recursos. “Minha preocupação é que, se a China chegar primeiro, de repente diga, ok, este é nosso território, vocês fiquem fora”, expressou Nelson, evidenciando as tensões crescentes na chamada “nova corrida espacial”.
Estados Unidos aceleram planos para retornar à Lua antes da China
Nelson reiterou a importância da liderança americana no espaço, apesar das crescentes atividades espaciais chinesas e da necessidade de vigilância.
Diante desse cenário, os Estados Unidos têm acelerado seus próprios planos de exploração espacial, com o objetivo de pousar novamente na Lua antes dos chineses. Nelson enfatizou a importância do projeto Artemis 3, planejado para 2026, como uma demonstração do compromisso dos Estados Unidos com a exploração espacial e a manutenção de sua liderança no cenário internacional.
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Apesar das preocupações levantadas por Nelson, é importante ressaltar que a China é signatária do Tratado do Espaço Sideral, que proíbe a apropriação de territórios celestes por qualquer nação. No entanto, as atividades espaciais chinesas continuam a despertar preocupações nos Estados Unidos e em outras potências espaciais, que temem uma possível militarização do espaço por parte da China.
Durante a audiência no Congresso, Nelson foi questionado sobre as consequências de uma eventual perda de liderança americana no espaço para a China. Ele respondeu que isso não deveria acontecer e enfatizou a importância de os Estados Unidos manterem sua posição de destaque na exploração espacial. No entanto, reconheceu que a China tem investido recursos significativos em seu programa espacial, o que requer vigilância por parte dos Estados Unidos.
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