19/04/24 - 22:36 | Atualizado em 19/04/24 - 22:36
Érika de Souza Vieira Nunes, detida por tentativa de saque fraudulento, utilizou o cadáver de seu tio, Paulo Roberto Braga, em uma agência bancária de Bangu. O corpo foi levado em uma cadeira de rodas, com a falsa alegação de que o idoso assinaria os documentos necessários para a transação. O incidente levantou questionamentos sobre ética e integridade.
Uma situação inusitada chamou a atenção dos clientes e funcionários de uma agência bancária em Bangu, na tarde da terça-feira (16), na região da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Érika de Souza Vieira Nunes, 42 anos, foi detida pela polícia após tentar efetuar um saque de R$ 17 mil utilizando um cadáver em uma cadeira de rodas como seu tio, alegando que ele assinaria os documentos necessários para a transação. A cena, marcada por desespero e perplexidade, suscitou questionamentos sobre a ética e a integridade dos envolvidos.
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As autoridades foram acionadas após os funcionários do banco notarem a situação suspeita e a palidez do homem na cadeira de rodas. Ao chegarem ao local, os paramédicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constataram que o homem, identificado como Paulo Roberto Braga, 68 anos, estava sem vida há algumas horas. A presença do corpo inerte gerou uma atmosfera de choque e incredulidade entre os presentes.
Saque fraudulento: Tentativa de fraude levantou questões éticas e legais
Érika, ao tentar persuadir o cadáver a assinar os documentos, demonstrou total desrespeito pela dignidade humana e pela lei.
Segundo relatos do delegado Fábio Luiz, responsável pela investigação do caso, Érika teria tentado, de forma desesperada, forjar a assinatura do falecido para efetuar o saque. Em um vídeo registrado pelas atendentes do banco, é possível observar Érika interagindo com o corpo inerte, tentando persuadi-lo a assinar os documentos necessários para o procedimento bancário. Em um diálogo unilateral, ela expressava sua angústia diante da situação, implorando pela assinatura que garantiria a transação.
Mulher é Suspeita de Usar Cadáver para Sacar Empréstimo de R$ 17 mil
Funcionários de uma agência bancária em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, suspeitam de fraude ao verem uma mulher, alegando ser sobrinha do falecido, tentando realizar a transação e acionam a polícia. pic.twitter.com/zWu7tCD2b1
— Tá na Rede News (@TaNaRedeNews) April 20, 2024
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“A tentativa de fraude por parte da suspeita levanta questões éticas e legais que merecem uma análise minuciosa por parte das autoridades competentes”, afirma o delegado Fábio Luiz. “Estamos empenhados em esclarecer todos os aspectos desse incidente e identificar possíveis cúmplices que possam ter colaborado ou incentivado essa ação.” A polícia busca, ainda, por imagens de segurança que possam arrojar luz sobre os eventos ocorridos.
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Érika foi detida em flagrante e responderá pelos crimes de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver. A prisão preventiva foi mantida após uma audiência de custódia, durante a qual a juíza Rachel Assad da Cunha destacou a gravidade da situação. Em sua decisão, a magistrada enfatizou a preocupação com a integridade do sistema de segurança pública e a necessidade de garantir a ordem e a moralidade social.
“A conduta da acusada é repugnante e macabra, demonstrando um total desrespeito pela dignidade humana e pela lei”, afirmou a juíza em sua decisão. “Diante das evidências apresentadas, é imperativo que a prisão preventiva seja mantida para assegurar a integridade do processo e evitar a possibilidade de novos delitos por parte da acusada.”
Defesa contesta a versão policial, alegando que Paulo estava vivo ao chegar ao banco
Enquanto as investigações continuam, a história levanta questões éticas e morais, suscitando interesse da população e das autoridades.
A defesa de Érika, por sua vez, contesta a versão apresentada pela polícia, alegando que Paulo chegou à agência bancária ainda com vida. Ana Carla de Souza Correa, advogada da acusada, argumenta que testemunhas serão ouvidas para esclarecer os fatos. “Érika é uma mulher trabalhadora e dedicada, que jamais cometeria um ato tão repugnante”, defende a advogada. “Estamos confiantes de que as investigações provarão sua inocência.”
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Os desdobramentos desse caso intrigante continuam a atrair a atenção da população e das autoridades. Enquanto as investigações prosseguem, resta aguardar o desfecho dessa história que levanta questões sensíveis sobre a ética, a moralidade e os limites da conduta humana.
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