17/04/24 - 10:07 | Atualizado em 17/04/24 - 10:07
A greve dos professores na Universidade de Brasília (UnB) continua por tempo indeterminado, seguindo a aprovação em assembleia geral extraordinária. A mobilização, iniciada em 15 de abril, visa reivindicar reajustes salariais e nos auxílios alimentação, saúde e creche. A paralisação fortalece a união entre docentes, técnicos e estudantes em defesa da educação pública de qualidade.
A mobilização na Universidade de Brasília (UnB) ganha força com a continuidade da paralisação por tempo indeterminado, aprovada em assembleia unificada entre docentes, servidores técnicos e estudantes, realizada na terça-feira (16). Coordenada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), Associação dos Docentes da UnB (ADUnB) e o Diretório Central dos Estudantes (DCE/UnB), a união desses segmentos reforça as demandas por melhorias na educação pública.
Siga nossos canais:
O manifesto aprovado na assembleia destaca a importância da luta coletiva pela valorização da universidade pública. Entre as principais reivindicações estão o reajuste no orçamento das universidades e a recomposição do quadro de servidores técnicos e docentes. Segundo trecho do manifesto, “nossa pauta de luta é pela defesa da educação pública de qualidade”, ressaltando o compromisso em ampliar a atuação conjunta em defesa das pautas unitárias das categorias da educação.
Greve dos professores unifica movimentos sociais, professores e estudantes
A participação dos estudantes fortalece a mobilização, evidenciando a unidade de luta por melhores condições na universidade.
Laís Cantuário, representante do DCE, enfatiza o momento como uma oportunidade para a comunidade acadêmica reafirmar seus ideais. “Estamos de greve, mas não estamos de férias. Este é o momento dos movimentos sociais, professores e estudantes se colocarem em ordem: qual universidade e a educação que a gente quer?”
Leia mais:
A greve dos servidores técnicos administrativos, iniciada em 11 de março, recebeu o apoio dos professores a partir de 15 de abril, ampliando a mobilização e colocando a educação no centro do debate nacional. Eliene Novaes, presidente da ADUnB, destaca a importância da participação dos estudantes nesse processo, afirmando que “é o início de uma mobilização crescente da universidade, juntando técnicos, docentes e estudantes, e isso é fundamental para demonstrar que há uma unidade de luta”.
A extensão da paralisação também recebeu respaldo do Sintfub, que ressaltou o impacto da greve dos servidores no cenário político, colocando a educação como prioridade na agenda do Governo Federal.
Agenda prevê uma manifestação na Esplanada dos Ministérios
O Ministério da Educação assegura seu compromisso em valorizar os servidores da educação, mantendo diálogo franco e respeitoso.
A programação de atividades inclui uma manifestação na Esplanada dos Ministérios nesta quarta-feira (17), e duas reuniões da Mesa Específica Temporária entre o Ministério de Gestão e Inovação (MGI) e sindicatos, na sexta-feira (19), para discutir a reestruturação das carreiras.
Reportagens recomendadas:
- Servidores do Banco Central Entram em Greve de 24 Horas
- Reforma Judicial Em Israel: Confrontos E Greves Marcam Aprovação No Parlamento
O Ministério da Educação (MEC) se pronunciou sobre a situação, declarando estar empenhado em buscar alternativas para valorizar os servidores da educação. Em nota, o MEC afirmou que “vem envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias”.
De acordo com a administração da UnB, serviços essenciais foram definidos para garantir o funcionamento mínimo da universidade durante a paralisação. Entre os serviços mantidos estão o pagamento, segurança patrimonial, laboratórios de pesquisa, arrecadação de receita, assistência estudantil e atendimentos psicológicos críticos.
Greve dos professores da UnB foi motivada pela falta de reajustes salariais
Os pleitos dos docentes por reajuste salarial de 22,71% contrastam com a proposta do governo de 9%.
A greve dos professores da UnB teve início após aprovação em Assembleia Geral Extraordinária convocada pela Associação de Docentes da UnB (Adunb) em 8 de abril. A motivação principal foi a falta de reajustes salariais e nos auxílios alimentação, saúde e creche.
Os pleitos dos docentes envolvem a solicitação de uma recomposição salarial distribuída em três parcelas, totalizando 22,71%. Em contrapartida, o governo ofereceu um reajuste de 9%, dividido em duas etapas, e propôs um aumento nos benefícios de alimentação, saúde e creche. No entanto, vale destacar que essa proposta não abrange aposentados e pensionistas.
Obrigado por estar na Digital Press Brasil!
Queremos produzir mais reportagens gratuitas para você e contratar pessoas talentosas para a nossa equipe. Considere fazer uma doação de qualquer valor através da chave PIX abaixo (ela também é nosso e-mail de contato).
Doação com PIX
euapoio@digitalpressbrasil.com.br
Sobre errata e página de erros.
Por favor, aponte quaisquer equívocos — sejam eles informacionais, ortográficos, gramaticais, entre outros — presentes em nossas reportagens. Sua contribuição é fundamental para que possamos analisar e corrigir esses erros. Se encontrar algum problema ou precisar entrar em contato por qualquer outro motivo, por favor, faça-o através deste link. Para acessar a página de erros, clique aqui.
Seja nosso colunista.
Seja um colunista voluntário na Digital Press Brasil, fale conosco e escreva “quero ser colunista” no “assunto” do formulário clicando aqui.